quarta-feira, agosto 18, 2010


Não vou morrer. Quero ser arrastado pela chuva, quero dormir entre as pálpebras em cada estado da minha alegria. Diante do mar que conheço deixo meus velhos livros mordidos pelo ódio. Quero estar na vida com os pobres, como uma roupa que me espera. Renasci muitas vezes, não tenho parcela no céu e nem um lugar no inferno. Vivo no mundo da Lua, com estrelas à minha altura e uma realidade desenhada. Quando me apaixono, sinto gosto de maça na boca e um leve amargo no estômago. Não vou morrer. Quero ser arrastado pelo vento quero falar com a minha mudez em cada estado da minha tristeza. Diante do abismo que conheço deixo meus sonhos ceifados pelo medo. (Eduardo Bruss)

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