quarta-feira, maio 26, 2010





Olhe bem, diga que a vida é assim, uns felizes por você e outros por mim.
Não busco; Espero, não procuro; Aguardo
E, o tempo às vezes justo, muitas outras conciso, clama pelo que me deu e justifica o que não me foi ainda conquistado.
Eu sempre deixo de lado a roupa usada, meus pertences de mão e só me lembro da chave quando não sei onde a coloquei.
Dentro de mim é o seu espelho que nada reflete, vejo apenas silhuetas, sombras e vultos. Tudo fica embaçado com o vapor do banho quente, as lentes do óculos sujo de poeira impedem de ver a sua leitura corporal a qual finjo não perceber quando você mente.
Devoto de quem? De santos profanos, falsas morais ilibadas? Devoto daquele que não conheço? De lendas e mitos mortos? De Cristos de braços abertos que enfeitam templos de pecadores, algozes e covardes?
A minha doutrina é utópica, reflete o que não sou e todos acreditam naquilo que existe externamente e uma luz me ilumina e seu brilho me apaga. Dentro do escuro é aonde mais vejo meus ídolos e posso dizer que eles ainda não são os mesmo.
Canto, encanto e humilho, semeio lágrimas e colho torrentes de propósitos não colocados em práticas. E, na prática vejo como o meu corpo é forte, pelas noites mal dormidas, as bebidas ingeridas e a chaminé de fumaça de cada cigarro que acendo.
No dia seguinte me faço de santo, ultrajante santo São e Salvo em busca de socorro, de resgate, de colo, de beijo. Assim me calo. Não há o que dizer, apenas arrependimentos reincidentes me tomam como a vida a qual você me roubou. (Eduardo Bruss)



Nenhum comentário:

Postar um comentário