
Não sou mais o meu nome, me chame pelo apelido, pelos adjetivos e predicados ofensivos que você sempre me chamou. Hoje, apesar da chuva, não me sinto atingido por sua língua, essa lança ferina cega. Hoje, exatamente hoje, o frio me aquece, arrepiando minha pele. Tudo à minha volta está nítido e não mais nublado. Vejo cores onde antigamente só via tristeza. Vejo minha vida voltar a fluir. Um orgasmo me toma da ponta do pé ao fio de cabelo. Gozo a vida, vomito o gosto acre do seu beijo. Hoje bebo a comemoração e minha ressaca é plena. Percebo que em mim além de um corpo há uma alma que não mais pena, levita. Traduzindo o que eu não entendia e me afastando de todo o mal que você me fez. Hoje sou um pouco Clarice, Florbella, Pessoa e Rodrigues, carrego dramas, tristezas e angústias, mas não dentro de mim, apenas nas minhas palavras que componho ao vento. (Eduardo Bruss)
Sempre soube onde estavas, nu para mim vc sempre foi. Mas... enchergar teu espirito como encherguei agora, isso sim é despir-se.
ResponderExcluirAmo-te
Diva/Divinha.
bjs