terça-feira, julho 12, 2011

Noturno amor, segue a eternidade, assume as estrelas. Estou amarrado à tua garganta. Um silencioso grito de dor ecoa e os meus lábios rompe a areia. Quero nascer em todas as suas praias e decifrar todos os seus segredos respirados. Um breve momento, uma leve sensação de prazer. Um grave pensamento constelado se apaga, impedindo que eu veja seus olhos. Restou apenas as brasas e o fogo cessou. Lembrei-me da minha infância percorrendo as estações entre os trilhos. Vivi todas estações; - Primavera, verão, outono e inverno.O amor, sem nada mais do vazio emerge e trás consigo a cólera e golpea o tempo. Infinito e interminável tempo que assombra as ruas noturnas e vazias. Bem vestido de negro seduz e faminto devora cada pedaço do meu corpo. Saciado o dia amanhece. Faz frio, amo o gelado vento que uiva, que arrepia minha pele. Noturno amor quando você voltar vou estar na estação, nas fases da lua e nas mares altas do mar que nos afoga. (Eduardo Bruss)

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