terça-feira, outubro 25, 2011

Imaginário iluminado de cores, tela exposta em Roterdã. À beira do rio pesquei todas as minhas ilusões. Sombras corriam de um lado para o outro, tragadas pelo vento sem norte, sem sul e no meu maior estado de sítio, colhi carícias no pomar. Um pé de beijo tombado manchava o chão com seu batom. Colhi amoras e amores. Enterrei rancores. Refestelar também significa agouro, então não vou refestelar. Vou dormir assombrado pelas estrelas cadentes. Vou acordar dominantemente em passos leves. Quero plainar na colina e pastar com as ovelhas. No meu imaginário iluminado existe um móbile com todos os signos. Um dia sou leão, outro sou camaleão, não sei quem me rege em cada planeta que habito. Eu apenas quero vagar, sem rumo, quero beber absinto e comer seu corpo, cada pedacinho do seu sexo explicito quero sentir na minha boca. Quero ser possuído pelos seus demônios de Deva e imortalizar meu nome numa caverna escondida e ser enterrado dentro de cada um que me ama. (Eduardo Bruss)

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